sexta-feira, 13 de abril de 2012

Banda reúne músicos de diferentes religiões


Procurando um nicho musical diferenciado para montar uma banda, José Aparecido de Souza Cristovam, 45, reuniu em Mauá (SP), sua cidade natal, alguns amigos de diferentes religiões e começou a tocar em asilos públicos, hospitais e projetos sociais.


Os palcos filantrópicos de início de carreira renderam aos músicos um nome e uma vertente. Para o baixista e líder do grupo “Mensageiros da Vox”, não havia razão de existir como “mais um conjunto de rock pop tradicional.”

Católico praticante na época, ele sentia necessidade de cantar pelo que chama de “causa maior”, mas sem assumir o rótulo de banda gospel. A tradução de tais desejos e misturas foi denominada por eles de “neogospel”.

“Queria passar uma mensagem diferente, de amor, paz e tolerância, mas qualquer letra nessa pegada já é rotulada de música gospel e os músicos, evangélicos. Não é o nosso caso.”, explica Cristovam.

O grupo compôs 12 músicas para o primeiro CD da banda e gravou um DVD no Teatro Municipal de Mauá. O investimento da produção foi custeado pelas empresas que apoiam a iniciativa. Tal elo entre religião, pessoas jurídicas e físicas foi nomeado por eles de “Ciclo do bem”.

“Não teríamos verba pra custear tudo isso. Hoje a banda é formada por 10 integrantes, dos quais seis são músicos, o restante trabalha para nós.”

O trabalho voluntário musical é conciliado com carreiras paralelas. Cristovam é empresário nas horas vagas, e assume o baixo e a liderança da banda agora na maior parte do tempo. A visibilidade começa a deixar de ser restrita à região metropolitana de São Paulo. Uma missionária brasileira da Cruz Vermelha, que vive na França, tenta levá-los ao Festival de Verão de Paris. “Espero que dê certo. A gente nem sonhava em tocar fora do Brasil.”

Ouça o som deles:




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